A seletividade alimentar é uma preocupação comum entre pais e cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este comportamento, conhecido tecnicamente como Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE), é caracterizado pela ingestão de uma variedade limitada de alimentos, o que pode levar a deficiências nutricionais significativas e comprometer a saúde e o desenvolvimento da criança.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a seletividade alimentar não é apenas uma preferência alimentar, mas uma desordem persistente nos hábitos e comportamentos relacionados à alimentação. Isso pode resultar na exclusão de grupos alimentares inteiros, consumo reduzido de alimentos e até mesmo aversão a novas comidas. No caso das crianças com TEA, a seletividade alimentar pode afetar até 90% da população, com 70% dessas crianças exibindo padrões de alimentação altamente seletivos.
A seletividade alimentar em crianças com TEA pode ser influenciada por fatores orgânicos e comportamentais. Entre as causas orgânicas, podemos incluir condições médicas como refluxo gastroesofágico, alergias alimentares, disfagia e outras que provocam aversão à comida. Por outro lado, fatores comportamentais podem incluir:
Crianças com seletividade alimentar correm um risco maior de deficiências nutricionais, pois tendem a consumir mais alimentos processados e ultraprocessados ricos em açúcar, sal e gordura, enquanto evitam alimentos mais nutritivos como vegetais, frutas, laticínios e proteínas. Embora muitas dessas crianças não apresentem prejuízos imediatos no estado nutricional, a longo prazo, a má alimentação pode afetar negativamente seu crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida.
Para lidar eficazmente com a seletividade alimentar em crianças com TEA, uma abordagem interdisciplinar é essencial. Isso envolve a participação de profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e nutricionistas. Aqui estão algumas estratégias que podem ser adotadas:
A seletividade alimentar é um desafio comum em crianças com TEA, mas com a abordagem correta, é possível melhorar a alimentação e, consequentemente, a qualidade de vida dessas crianças. A intervenção precoce e a colaboração de uma equipe interdisciplinar são fundamentais para alcançar resultados positivos.
Ao entender as causas e implementar estratégias eficazes, podemos ajudar as crianças com TEA a desenvolver hábitos alimentares mais variados e saudáveis, promovendo seu crescimento e desenvolvimento adequados.
A seletividade alimentar, ou Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE), é quando a criança ingere uma variedade muito limitada de alimentos, excluindo grupos alimentares inteiros, o que pode levar a deficiências nutricionais.
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente exibem seletividade alimentar devido a fatores sensoriais, comportamentais e médicos. Aproximadamente 70% das crianças com TEA apresentam esse padrão alimentar.
Os sinais incluem preferência extrema por certos alimentos, rejeição de alimentos com base na cor, textura, cheiro ou temperatura, resistência a experimentar novos alimentos (neofobia alimentar e comportamentos disruptivos durante as refeições.
As causas podem ser orgânicas, como refluxo gastroesofágico e alergias alimentares, ou comportamentais, como fixação por certos alimentos e necessidade de distrações durante as refeições.
Pode levar a deficiências nutricionais, afetando negativamente o crescimento, desenvolvimento e qualidade de vida da criança.
Para lidar com a seletividade alimentar em crianças com TEA, é necessária uma avaliação abrangente do indivíduo e do ambiente, introdução gradual de novos alimentos, um ambiente de alimentação calmo e sem distrações, além de envolvimento e educação da família.
Prevenir que a seletividade alimentar atinja um grau de severidade elevado e comprometa o crescimento e desenvolvimento da criança.
Uma equipe multiprofissional, incluindo psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e nutricionistas.
Criando um ambiente positivo para as refeições, evitando distrações e oferecendo reforço positivo para a experimentação de novos alimentos.
Procure clínicas especializadas em atendimento comportamental integrado, como a Clínica Formare, e consulte pediatras, nutricionistas e terapeutas ocupacionais para orientação e tratamento adequados.