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Parceria e Progresso: Como a Intervenção e Apoio Familiar Transformam Vidas no Autismo

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Quando o tão esperado desenvolvimento vem…

Receber um diagnóstico de autismo, ou qualquer outra condição, traz inúmeras inquietações para uma família, sendo a maior delas o futuro incerto. Questões sobre o desenvolvimento, a capacidade de fazer amigos, inclusão escolar e quem cuidará da criança no futuro surgem constantemente. Além disso, a realidade pode ser desfavorável, marcada por dificuldades de acesso à saúde e educação adequadas, preconceitos e barreiras capacitistas, impactando profundamente a vida de muitas famílias atípicas. No entanto, quando as condições são favoráveis, incluindo intervenções adequadas, apoio escolar e dedicação da família, os progressos podem ser surpreendentes.

João (nome fictício para preservar a identidade da criança) iniciou seu atendimento na Formare em 2018, aos 5 anos. No início da intervenção, João não falava, não brincava e apresentava muitos comportamentos desafiadores, como puxar o cabelo e enfiar o dedo no olho das pessoas, o que dificultava sua aprendizagem e inserção social.

No início dos atendimentos, João raramente se comunicava. No entanto, ele imitava os terapeutas e familiares, seguia instruções simples e associava itens idênticos. A intervenção focou em desenvolver habilidades pré-requisito para a aprendizagem, como prestar atenção ao outro, seguir instruções mais complexas, nomear objetos, fazer pedidos, identificar itens idênticos e semelhantes, além de habilidades de lazer e interação com os pares.



A equipe também introduziu a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), proporcionando a João uma oportunidade funcional de comunicação. Com o incrível e essencial engajamento da família na implementação, iniciamos com um sistema de baixa tecnologia e, em alguns meses, migramos para sistemas de alta tecnologia. A evolução de João foi notável. Os comportamentos indesejáveis diminuíram expressivamente e a comunicação passou a ocorrer através de pedidos, comentários e até mesmo conversas!

Atualmente, João consegue se comunicar de forma fluente e oralizada, utilizando o sistema de comunicação aumentativa e alternativa apenas como apoio.

Com a aquisição das habilidades mínimas para a aprendizagem, o foco passou a ser os desafios sociais e acadêmicos, como interações, fazer amizades, resolver problemas, autorregulação, leitura, escrita, autonomia e independência. João tem colhido os frutos deste trabalho, adquirindo repertórios sociais que o ajudam a integrar-se na comunidade e a melhorar seu bem-estar. Frequenta escola, possui habilidades acadêmicas satisfatórias e é uma criança muito feliz.



Embora o nome João seja fictício, sua história é real e resultado de uma parceria muito próxima entre a equipe, a família e a escola. Essa colaboração não é uma garantia de sucesso, mas é determinante para que mais histórias como esta possam acontecer.
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Quem escreve

Silvia Marinho
Sócia-Diretora e Terapeuta Ocupacional

Raissa Viviani Silva
Psicóloga, membro da supervisão da Clínica Formare